A
Embaixada do Brasil, em
Paris, ocupa uma antiga residência particular que pertenceu a família
Schneider.
"Na diplomacia, um grupo de embaixadas que estão em capitais de tradicional prestígio cultural, político e socioeconômico (Roma, Paris, Londres e Washington) - seriam portando, as preferidas de embaixadores e embaixatrizes - receberam o apelido de "Circuito Elizabeth Arden". O termo surgiu em referência ao glamour e à elegância da cosmetologista Elizabeth Arden, cujas sacolas de compras estavam sempre repletas das mais renomadas grifes de moda dessas cidades". Wikipédia
Definição do Dicionário Houaiss:
Embaixada:
Residência ou local onde trabalha o embaixador - O embaixador não mora aqui, apenas trabalha!
Com 623 metros quadrados, em um terreno de 1.859 metros quadrados, o atual número 34 da Cours Albert 1er, foi construído na primeira metade do século XIX, quando o local ainda se chamava Cours la Reine.
O primeiro proprietário da mansão foi Arthur Louis Gilbert. Sua viúva, Maria Eliza Orry de la Roche, morreu na propriedade, em 1865, deixando como herança para suas duas filhas.
Em 1899, os banqueiros Demachy et Sellière compram a mansão e, no ano seguinte, é adquirida pelo grande industrial da siderurgia, Eugène Schneider (1868-1942).
Ele decide reformar a mansão e transformá-la em sua residência oficial chamando o ilustre arquiteto da época, Paul Ernest Sanson (1836-1918), para o trabalho. Todo o exterior e interior da maison datam desta época, assim como o pequeno terraço exterior transformado em um jardim francês.
O governo brasileiro adquire o imóvel em 16 de julho de 1971 por 14 milhões de francos (o que seria, na época, por volta de 2 milhões de euros). A compra foi feita das mãos dos filhos, viúva e netos do industrial Schneider e foi entregue sem nenhum objeto.
O imóvel está classificado no inventário de monumentos históricos e pitorescos do departamento do Sena e no perímetro de proteção dos Monumentos Históricos de Paris.
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Entrada Oficial |
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Hall das Bandeiras |
As Bandeiras Históricas Brasileiras estão dispostas no hall de entrada, como a da
Ordem do Cristo, utilizadas nas caravelas de
Pedro Álvares Cabral, até a do
Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarve proclamado, em 1818, pelo rei de Portugal,
D. João VI, quando foi ao
Brasil fugindo das tropas napoleônicas, em 1807.
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Hall |
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Busto do Barão de Rio Branco - Pai da Diplomacia Brasileira e Ministro das Relações Exteriores durante 10 anos até a sua morte, em 1912. |
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Detalhe do hall de entrada |
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Embaixadores Brasileiros, entre eles Olavo Bilac e Delfim Neto. O atual embaixador é, o diplomata, José Mauricio Bustani |
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Escadaria de Honra |
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Detalhe do corrimão em ferro e bronze |
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Detalhe teto trabalhado |
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Vista a partir da escadaria |
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Escadaria vista a partir da Grande Galeria central do primeiro andar |
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Grande Galeria do primeiro andar
A Galeria é decorada por cinco bustos de brasileiros ilustres: José Bonifácio de Andrada e Silva, Dom Pedro I, Machado de Assis, Augusto Severo e Tiradentes.
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Detalhe da Grande Galeria |
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Cinzeiros da Marinha do Rio de Janeiro
A Grande Galeria também é decorada com cinzeiros de solo que vieram do Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro.
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Acabamentos |
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Di Cavalcanti |
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Um dos cinco bustos dos brasileiros ilustres no saguão nobre do primeiro andar
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Um dos gabinetes |
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Jardim francês |
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Detalhes da decoração
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Um dos gabinetes de trabalho |
A Embaixada do Brasil escolheu decorar o interior do imóvel de forma que valorizasse sua arquitetura suntuosa e a elegância de seus ornamentos. Não se poderia, naturalmente, dar um ar de residência, mas também não foi necessário impor uma aparência meramente administrativa.
A riqueza artística deste patrimônio francês foi respeitada, refletindo o poder de uma família de industriais e de aristocratas do fim do século XIX.
O gabinete do Embaixador, por exemplo, é todo pintando com guirlandas e passagens de La Fontaine. Por motivos de segurança, não se pode fotografar!
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Selfie na Embaixada! Sorry, não resisti! |
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Salão Nobre |
Antiga sala de refeições da residência, ornamentada com cenas de caça e com vista para o corredor dos fundos utilizado como estacionamento dos automóveis diplomáticos.
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Detalhe do teto |
Hoje, a sala é utilizada para reuniões, banquetes e eventos.
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Há dez anos, a tratoria Les Delices de Fa serve a Embaixada e outros grandes eventos, em Paris, representando a cozinha brasileira. Foto: Les Delices de Fa |
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foto: Le Delices de Fa
Ao fundo da passagem, uma fonte de pedra figura uma cascata ornamentada de um golfinho estilizado. Uma coincidência por ser um dos símbolos da cidade do Rio de Janeiro.
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Fundos da Embaixada utilizado como garagem dos automóveis |
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Entrada principal do lado de fora |
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Na parte exterior as Armas da República Federativa do Brasil. |
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Vista através da porta de entrada |
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Fachada |
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Detalhe da fachada |
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Telhado em ardósia e arremates em zinco |
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E foi aqui que lancei o meu guia de Paris - Paris Legal - há 17 anos atrás! |
Gostou? A Feijoada da Embaixada é muito famosa em toda a cidade!
A Embaixada não é aberta ao público, mas, como patrimônio histórico, pode abrir, eventualmente, no
Journée du Patrimoine, que acontece sempre no terceiro final de semana de setembro quando todos os patrimônios históricos são abertos ao público.
Nas comemorações de 7 de setembro, a Embaixada celebra com convidados, regados a música e
culinária brasileiras:
Obrigada a Assessoria de Imprensa da Embaixada pela permissão e acompanhamento do trabalho para que fosse possível compartilhar deste pedacinho de Brasil em Paris!
Embaixada do Brasil
34, Cours Albert 1er
75008 -
Paris
Tratoria brasileira em Paris Les Délices de Fa
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POrque os presidentes do Brasil não ficam hospedados nas embaixadas quando visitam os países onde elas existem?
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