Não sei se acredito em destino, acaso, conspirações
cósmicas, maktub...
De qualquer forma a história da concepção e nascimento de
minha filha me parece obra do destino e explico:
Sofro (ou não) de memória seletiva. Tudo aquilo que não me
causa grande impacto, alguma parte do meu cérebro, deleta. Talvez eu não possua giga
suficiente, então, algumas coisas eu simplesmente não registro.
Lembro-me de uma entrevista com a Ana Paula Padrão (minha colega
de Universidade em Brasília) que ela era assim também. Ela era capaz de fazer o
Jornal da Globo de cabeça, mas não lembrava nunca de onde tinha estacionado o
seu carro. De duas uma, ou existe mesmo o caso da memória seletiva ou a UnB tinha
um plano de lavagem cerebral!
Mas voltando ao meu caso e acaso, eu estava com um
escritório novo no Itaim e busquei um ginecologista bem próximo para fazer
exames de rotina. Fui, entrei no prédio, na recepção, falei com a secretária na
entrada e na saída. Falei com o médico que me examinou e pediu exames...
Naquela mesma época, uma amiga me pediu se poderia almoçar comigo
uma vez por semana para praticar o francês dela. O assunto em nossos almoços
acabava sempre em maternidade. Minha amiga tentava convencer-me de que a
maternidade era algo bom e ela estava decidida em me fazer acreditar nisto. Eu
cortava o assunto dizendo que nem namorado eu tinha e que estava muito bem
assim! Mas ela não desistia. Não sei se ela queria mesmo praticar o francês ou ela
tinha encasquetado em fazer-me mudar de opinião! (A propósito Rita, obrigada!!)
Voltei ao médico com os exames em mãos. Entrei no prédio ao
lado, anunciei o andar que por acaso era o mesmo. Entrei, falei com a secretária
que me disse que eu não estava marcada naquele horário (estranho, porque
marquei o retorno no mesmo dia da consulta inicial), mas faria um encaixe. Sentei,
aguardei e li uma revista.
Entrei na sala do médico, cumprimentei e entreguei os
exames. Ele sorriu e disse: “Acho que você entrou no consultório errado”!
Mostrou-me o nome do médico em meus exames e em seguida me mostrou o nome dele
na porta de seu consultório!
Por acaso, ele era ginecologista também, além de obstetra. Algo decidiu que Renato
Kalil deveria ser o meu médico. Ele olhou os exames, estava tudo ok e pediu que
eu retornasse em um ano!
Um mês após a estranha consulta, conheci meu marido. A coisa
ficou séria. Já fui logo avisando que não pretendia ter filhos e ele me disse o
mesmo, uma vez que já tinha dois! Tudo resolvido. Só que não!
MAKTUB!! Estou contanto esta história porque hoje é aniversário do Dr. Kalil e espero que muitas mulheres tenham a mesma sorte que eu tive! Cair nas mãos do destino e nas dele!! :) Assim como ter uma amiga que lhe indique o caminho para um mundo melhor! Bon Voyage! :)