sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Viagem nas mãos do destino

Não sei se acredito em destino, acaso, conspirações cósmicas, maktub...

De qualquer forma a história da concepção e nascimento de minha filha me parece obra do destino e explico:

Sofro (ou não) de memória seletiva. Tudo aquilo que não me causa grande impacto, alguma parte do meu cérebro, deleta. Talvez eu não possua giga suficiente, então, algumas coisas eu simplesmente não registro.

Lembro-me de uma entrevista com a Ana Paula Padrão (minha colega de Universidade em Brasília) que ela era assim também. Ela era capaz de fazer o Jornal da Globo de cabeça, mas não lembrava nunca de onde tinha estacionado o seu carro. De duas uma, ou existe mesmo o caso da memória seletiva ou a UnB tinha um plano de lavagem cerebral!

Mas voltando ao meu caso e acaso, eu estava com um escritório novo no Itaim e busquei um ginecologista bem próximo para fazer exames de rotina. Fui, entrei no prédio, na recepção, falei com a secretária na entrada e na saída. Falei com o médico que me examinou e pediu exames...

Naquela mesma época, uma amiga me pediu se poderia almoçar comigo uma vez por semana para praticar o francês dela. O assunto em nossos almoços acabava sempre em maternidade. Minha amiga tentava convencer-me de que a maternidade era algo bom e ela estava decidida em me fazer acreditar nisto. Eu cortava o assunto dizendo que nem namorado eu tinha e que estava muito bem assim! Mas ela não desistia. Não sei se ela queria mesmo praticar o francês ou ela tinha encasquetado em fazer-me mudar de opinião! (A propósito Rita, obrigada!!)

Voltei ao médico com os exames em mãos. Entrei no prédio ao lado, anunciei o andar que por acaso era o mesmo. Entrei, falei com a secretária que me disse que eu não estava marcada naquele horário (estranho, porque marquei o retorno no mesmo dia da consulta inicial), mas faria um encaixe. Sentei, aguardei e li uma revista.

Entrei na sala do médico, cumprimentei e entreguei os exames. Ele sorriu e disse: “Acho que você entrou no consultório errado”! Mostrou-me o nome do médico em meus exames e em seguida me mostrou o nome dele na porta de seu consultório!

Por acaso, ele era ginecologista também,  além de obstetra. Algo decidiu que Renato Kalil deveria ser o meu médico. Ele olhou os exames, estava tudo ok e pediu que eu retornasse em um ano!
Um mês após a estranha consulta, conheci meu marido. A coisa ficou séria. Já fui logo avisando que não pretendia ter filhos e ele me disse o mesmo, uma vez que já tinha dois! Tudo resolvido. Só que não!

Voltei ao consultório do Dr. Kalil, grávida!



MAKTUB!! Estou contanto esta história porque hoje é aniversário do Dr. Kalil e espero que muitas mulheres tenham a mesma sorte que eu tive! Cair nas mãos do destino e nas dele!! :) Assim como ter uma amiga que lhe indique o caminho para um mundo melhor! Bon Voyage! :)


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