quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Um guia não guia!

Um guia não guia! Por que não?

Há vinte anos eu escrevi um livro, já que eu trabalhava no Moulin Rouge de Paris e recebia conterrâneos que viviam me pedindo dicas e querendo me contratar para andar com eles pela Cidade Luz! Assim nasceu o “Paris Legal”, editado pela Best Seller, um dos primeiros guias destinados exclusivamente para brasileiros.


Fui bem para uma ilustre desconhecida. Vendi 18 mil exemplares. Recebi até cartinha do, então, presidente da França, Jacques Chirac, cumprimentando pela obra, além de uma cartinha do nosso, então presidente, Fernando Henrique Cardoso, cumprimentando pela iniciativa. Tá vai, a verdade é que eu escrevi para eles pedindo dicas de Paris!!!!!!! O Chirac disse que não podia dar, citando uma coisa e deixando de citar outra (saia justa) e o FHC até deu uma frase para enfeitar o guia!

Fui recebida pela Condessa de Paris, herdeira do trono francês, neta da Princesa Isabel, em seu inesquecível apartamento para ouvir suas dicas e tive o lançamento do livro em um coquetel na Embaixada do Brasil, oferecido pelo Embaixador. Foi show!

Hoje, com a internet, existem 20 milhões de blogs sobre Paris no mundo todo. Sim, 20 milhões! Apesar de o viajante brasileiro ter amadurecido muito nestes últimos vinte anos, ter aberto suas asas e alçado seus voos solo, e se livrando do “Tour Leader”, percebo que muita angústia continua diante de tanta informação disponível. Blogueiros, Airbnb, plataformas, agências, operadores, guias show, youtubers... Nada contra em todo mundo querer compartilhar sua experiência, mas um filtro e uma grande peneira se faz mais do que necessário.

Por outro lado, eu também amadureci, passei a realizar roteiros temáticos gastronômicos, de arte, de moda, de incentivo. Tive a oportunidade de acompanhar um mestre historiador e ouvir atentamente o seu conhecimento, acompanhar um chef francês e definitivamente aprender a comer bem, além de observar minha afilhada francesa crescer, hoje com 25 anos. Desde “Paris Legal”, voltei mais de 200 vezes a Paris anotando dúvidas e observando as necessidades de viajantes brasileiros.

Decidi que era hora de orquestrar um novo livro baseado neste crescimento, meu e do viajante. Só que escrever um simples (e mais um) guia é meio chatinho e eu tinha preguiça de cair na mesmice.

Por que não ousar escrever um híbrido? Por que um guia tem que ser um guia? Não poderia ser um mil e uma utilidades? Informar, atualizar, ensinar, contar, fofocar, mostrar umas fotos bacanas, inspirar, contar “causos”, como o dia em que almocei com um mendigo ou sobre o meu guia alemão em Paris? A origem de nomes de pratos, ruas, personagens, símbolos?

 “#paris vivências” (minha, sua, delas) também é uma coletânea de crônicas sobre Paris, escritas por mim, e que foram publicadas em jornais e revistas, além de relatos pessoais. Nas entrelinhas, surgem respostas aos questionamentos de quem já foi, de quem sonha em ir um dia, de quem vai outra vez, de quem tem um pé atrás, de quem quer saber mais porque gosta do tema e para curiosos de plantão.

Como moldura do livro, e atendendo a todos os gostos, temperamentos, bolsos e interesses, nascem mais de vinte formas de vivenciar um momento em Paris! Obviamente, que dentro deste livro (que considero inspiracional), um guia prático com sugestões de compras, hospedagem e gastronômicas para todos os paladares.

Meu propósito, porém, continua o mesmo: oferecer informações suficientes, filtradas na minha experiência com viajantes, como um “abracadabra” para o encanto absoluto! Meu esforço e empenho é não deixar que um viajante seja sufocado e afogado com as frases mortíferas: “não deixe de ir”, “imperdível”, “visita obrigatória”, quebrando correntes, libertando o espírito e ensinando o mantra mágico da vivência, pessoal e intransferível, de forma inesquecível! Ou seja, com as informações necessárias o viajante é capaz de libertar-se e criar sua própria experiência.

Finalmente, este e-book também tem a intenção de fazer rir, divertir, refletir, descobrir, usufruir e compartilhar a minha vida. Mais que isso, só lendo! J

Bon Voyage, mes amies, afinal “nós sempre teremos Paris”(Casablanca); “Paris é sempre uma festa” (Hemingway) e “vale uma missa”(Henrique IV)!

Beijos!


Prefácio- por Ronny Hein
Este é o segundo prefácio para um mesmo livro.

Ou melhor: é o primeiro prefácio para o segundo livro de Cynthia Camargo sobre Paris. É fácil confundir-se. Porque Cynthia, anos depois de seu primeiro, Paris Legal, continua a mesma pessoa: uma eterna apaixonada por viagens e uma quase inexplicável amoureuse de Paris, sensação que assola sobretudo os que têm faro excepcional, aroma apurado para as melhores essências, tato para sedas e veludos, ouvidos para os chansonniers, e paladar seletivo voltado ao que há de melhor.

E, também, porque Paris, ainda que assolada por dores novas e inevitáveis de um estranho universo que é o contrário da beleza e do glamour que ela própria emana, segue sendo a insuperável cidade dos segredos e mistérios de cada um.

Em Vivências, Cynthia Camargo revela os dela, que são muitos, frutos de uma relação tão longa quanto intensa com a mais deslumbrante das capitais da Europa.

Com ela você vai encontrar um atalho para lugares e emoções que não conhecia. Vai rever a Paris Legal que Cynthia mostrou vinte anos atrás e vai vê-la, em seguida, reciclada por sua própria maturidade e pelo rápido caminhar do tempo. Há milhares de livros sobre Paris. O de Cynthia — acreditem! — está entre os melhores e mais apaixonados.   



Por Ronny Hein - jornalista e escritor, co-criador e diretor de diversas publicações de viagem como Viagem e Turismo, Caminhos da Terra, Próxima Viagem e Lonely Planet Brasil entre outras.

#paris vivências
Formato: PDF – 450 páginas
Link para compra


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