terça-feira, 22 de outubro de 2013

Se esbaldando em Bordeaux!

 foto: Chistophe.Finot/Wikipédia
Sobre Bordeaux Victor Hugo dizia: "Cidade curiosa, original, única."

Suas construções do século XVIII e amplitude fluvial definem a cidade.

Ilustre pela sua atividade portuária e o comércio de vinho, Bordeaux vive seus anos dourados durante o século XVIII.




Patrimônio Histórico pela UNESCO é mais conhecida como a capital dos grandes vinhos.

Levei um grupo de amantes de gastronomia para Bordeaux e foi uma experiência memorável.

Sempre antes de embarcar um grupo fazemos uma viagem de inspeção ou site inspection para conhecer de perto as opções de hotéis, transportes, guias, restaurantes e montar a logística do dia a dia, incluindo os passeios até o cardápio.

  foto: eurail europe
O grupo passou uns dias no centro de Bordeaux visitando a capital do vinho e  passando por adegas, praças, museus, café e restaurantes.

O momento enlouquecedor foi na loja de vinhos.

O momento único foi o jantar gastronômico (lê-se, muitos aperitivos, muitas entradas, muitos pratos principais, muitos queijos, muitos doces e muito vinho), no estrelado Cordeillan Bages.

                                                             foto: Cordeillan Bages

Médoc

Produz os vinhos tintos mais prestigiados do mundo.

O quadragésimo quinto paralelo da Terra passa bem em cima da região, entre o Oceano Atlântico e uma grande floresta, permitindo um clima temperado perfeito para a plantação das uvas.

Utilizando as uvas cabernet sauvignon, cabernet franc e merlot, aliado ao solo argiloso e calcário, particularmente propício para a produção de uvas de grande qualidade, expressam toda a elegância e requinte de seu produto final.

Médoc é dividida em várias pequenas comunidades e cada uma delas tem a sua própria denominação de origem controlada, ou seja, uma "appelation" que diz a origem do vinho e sua qualidade.

As marcas mais famosas como Chateau Lafite-Rothschild, Chateau Mouton-Rothschild e Chateau Latour ficam em solo de Pauillac e o Chateau Margaux em Margaux. Todos são denominados "Premier Grand Cru Classé"

"Cru" significa, ao pé da letra, "vinícola" e esta classificação é feita desde 1855 dividindo os vinhos entre Crus e Grand Crus.

 Muitas e muitas degustações!



Almoço no castelo

Para brindar o momento reservamos o castelo de Beychevelle para o um almoço privado com tudo o que tinha direito, inclusive o castelo inteiro à disposição. Nosso almoço foi até publicado revista Veja.!!

O chateau, com mais de três séculos de história, tem um motivo curioso para o nome: O duque d´Epernon, poderoso almirante francês, vivia no castelo e os navios, ao passarem em frente, abaixavam as velas em sinal de respeito. 

Daí surgiu o nome Beychevelle (baixar velas).


 

Saint-Emilion

Claro que uma visita a Saint Emilion se faz obrigatória, além de um almoço para provar os famosíssimos Cépes.

Saint Emilion é uma vila medieval e leva o nome do ermitão que viveu e morreu (em 767) na região e que foi canonizado pelo vaticano.

A origem da vila remonta ao século VIII e, hoje, coleciona monumentos da Idade Média, destacando-se a igreja monolítica: cravada em uma rocha gigantesca e única em sua dimensão em toda a Europa.

Mas claro, a visita principal é à Ermida onde viveu Saint Emilion para beber a água que vem de um pequena fonte, considerada milagrosa.

Quanto ao prato a ser provado, qualquer um que leve o famoso Cépes: fungo conhecido como cogumelo silvestre formado pelas folhas de carvalho e castanheiro.

Cognac

Já que Cognac estava tão perto visitamos a Maison Hennessy  e, em duas horas, vimos o passo a passo mais caprichado do mundo, desde a colheita da uva até a degustação de vários blends da arte de se destilar um vinho, transformando-o em um conhaque.


Extasiados com a experiência, o grupo esteve no renomado Chateau L´Yeuse, em Cognac, onde se surpreendeu com a culinária e ambiente locais.


SPA Vinhoterapia

Extenuados de tantas experiências extraordinárias, o grupo foi descansar no SPA de vinhoterapia, Les Sources de Caudalie, onde passaram dois dias em tratamentos para o corpo, mente e espírito. 


Totalmente refeitos e prontos para mais aventuras, fomos até Arcachon e pegamos um barco até um viveiro de ostras para uma super degustação. Arcachon é uma estância balneária que foi popular entre a aristocracia, durante o século XIX


Se eles gostaram? Escreveram um pequeno testemunho dentro de nosso super vip bus!!Fofos demais!



Momento tenso em dose dupla.

Durante a inspeção, fomos em um restaurante fazer a degustação dos pratos. O chef, muitíssimo atencioso, decidiu nos servir tudo o que havia no menu.

Após uma dúzia de pratos diferentes,  já na quinta sobremesa, eu tive um ataque de riso. Tive que ir ao toalete para tentar conter o surto. Sentia dores abdominais absurdas e travei uma imensa batalha entre o auto controle e aquele ataque constrangedor. Quando, finalmente, achei que tivesse contornado a situação, voltei à mesa e pedi perdão pelo vexame.

Nossa guia responde: "Antes rir do que chorar"! Alguma dúvida de que meu ataque voltou?

Neste mesmo restaurante, quando retornei com o grupo, o chef decidiu fazer uma surpresa e servir um prato que não estava no cardápio, previamente elaborado. Eram pombos! Inteiros! Tive que pedir, delicadamente, para que ele retirasse os pratos antes que os passageiros perdessem o apetite. 

Expliquei, gentilmente, que pombos não faziam parte de nossos costumes. Ele ficou chateado e eu, novamente, constrangida.  
  

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2 comentários:

  1. Lindo! Deve ter sido estupendo! a cada lugar q vcs entravam qtª coisa imagino q veio à mente de vcs: sonhos variados em relação a cada cantinho q conheciam, vontade de ficar mais neste lugar! quem sabe um dia conheço!

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    Respostas
    1. Venha conosco no próximo grupo Maria de Fátima, é sempre muito divertido! abraços!!

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