Eu e João Braga no
Trocadéro com a Torre Eiffel ao fundo.
|
"A chegada à Paris, depois de algumas horas de voo, que passaram rapidamente devido à ansiedade, foi incrível. Quando aterrissamos já estava amanhecendo e pudemos ver belos jardins verdinhos e muito bem cuidados no solo francês pela janela do avião. Como em qualquer país de primeiro mundo, a estrutura do aeroporto era incrível.
No caminho do aeroporto para o hotel fui me encantando a cada segundo com paisagens incríveis; Paris não é simplesmente uma cidade, não foi construída e reconstruída ao longo dos tempos para ser apenas uma cidade, e sim um lugar deslumbrante onde cada detalhe foi pensado exclusivamente para torná-la mais bela. E no meio de tanta beleza tive o prazer de conhecer a Cidade Luz pelos olhos de João Braga.
O dia começava com um farto café da manhã, com direito a baguete, croissant original, geleias e, claro, manteiga, tudo francês!!! Depois íamos para uma sala no hotel onde havia mesas e lá nos acomodávamos. João Braga, com uma memória incrível, nos explicava, a cada manhã, o contexto histórico do que veríamos ao longo do dia com direito a datas e nomes. Depois que tudo estava devidamente explicado íamos de metrô, evidentemente, conhecer Paris.
Os magníficos vitrais da Sainte Chapelle que contam, em suas imagens, mais de mil passagens bíblicas
Em nosso primeiro dia de Paris, com o tema “Paris Medieval” visitamos a Catedral de Notre Dame, a Sainte Chapelle e o Museu de Cluny. Fiquei absolutamente deslumbrada com os vitrais da Sainte Chapelle, eu que nem católica sou, me senti abençoada por estar ali tendo a chance de apreciar tanta beleza. Nesse dia almocei com algumas amigas num restaurante incrível e realizei meu sonho de comer um verdadeiro "boeuf bourguignon" acompanhado de um bom vinho e, de sobremesa, "crème brûlée", tudo por 15 euros... simplesmente perfeito.
No dia do programa da "Paris Renascentista" fomos ao Museu do Louvre e como ele é enorme João selecionou apenas algumas alas para visitarmos. Passamos pelas belas esculturas gregas com direito a explicação e casos diversos. Na ala das pinturas Neoclássicas, onde me deparei com o enorme quadro “A Coroação de Napoleão” de David, claro, tivemos uma atenção especial e mais explicações. Foi no Louvre que me deparei com o verdadeiro Rococó: muito ouro, pedras preciosas, cristais, brocados e tudo mais, o excesso por excelência.
Escultura de Eros e Psyché, de Canova, no Museu do Louvre
Logo depois fomos ao "Triangle d’Or" (Triângulo de Ouro) onde estão localizadas as Maisons de Alta-Costura e, claro, aproveitamos para passar nas lojas. Confesso que estava um tanto quanto receosa uma vez que meu poder aquisitivo não me permitia comprar nem mesmo um chaveiro, mas para a minha surpresa foi na loja Chanel que melhor fui atendida em toda minha vida, por uma simpática carioca.
Para começar o terceiro dia de estudos fomos ao Arco do Triunfo, onde nos maravilhamos com uma privilegiada vista de Paris.
Vista da Avenue des Champs-Élysées do alto do Arco do Triunfo.
Depois fomos à Fundação Pierre Bergé/Yves Saint Laurent que estava com a exposição “Femmes Berbères Du Maroc” onde vimos incríveis peças têxteis feitas por mulheres marroquinas e seus ornamentos, principalmente as joias. No Museu Galliera nós apreciamos a exposição “Papier Glacé”, onde havia fotos icônicas de moda de famosos fotógrafos que iam de Willian Klein a Mario Testino.
Já na parte da tarde fomos à Place de la Concorde e conhecemos a Igreja de La Madeleine e, como não somos de ferro, demos uma passadinha na Fauchon para comprar chocolates.
No dia seguinte fomos ao Museu D’Orsay onde me apaixonei perdidamente pelas obras impressionistas; já as conhecia, é claro, mas uma foto jamais me passou a emoção de cada pincelada dos quadros, são obras incríveis. No museu também vimos esplêndidos mobiliários do Art Nouveau.
Depois de almoçarmos, fomos ao Museu de Moda do Louvre (Musée de la Mode et du Textile: 107, Rue de Rivoli) onde tive o prazer de ver a exposição mais completa de moda que jamais imaginei, era sobre Dries Van Noten, um estilista belga que utiliza de diversas fontes de inspiração para criar suas roupas e, nessa exposição, pudemos ver além de suas criações, as próprias inspirações de Dries Van Noten (obras originais), uma prova perfeita de que moda não se faz apenas de moda.
Ainda no mesmo museu vimos uma belíssima exposição de joias, na qual João Braga nos explicou sobre as Joias de Sentimento do século XIX que eram feitas de cabelo. Na loja do museu havia uma parte apenas de livros onde extrapolei um pouco e adquiri bons títulos para a minha biblioteca pessoal. Carregada de livros incríveis e pesados fomos a caminho da Colette, uma loja conceito repleta de roupas, acessórios, tecnologia e “trequinhos” que a gente ama.
No dia seguinte, era dia Primeiro de Maio, e em Paris feriado é sagrado, nada abre, nada funciona, a não ser a casa e jardins de Monet em Giverny; então era para lá que deveríamos ir. Depois de ficar encantada com os quadros impressionistas de Monet no Museu D’Orsay pude ver pessoalmente o jardim que ele pintou e a casa onde morou, tudo encantadoramente colorido pelas flores.
Laguinho e jardins de Monet em Giverny
Na volta fomos finalmente conhecer a Torre Eiffel: imponente com suas ferragens e ao mesmo tempo graciosa. Andamos até Trocadéro e, como bons turistas, tiramos típicas fotos na torre. Para finalizar o dia fomos conhecer La Defénse , uma Paris completamente diferente que pode ser comparada a Dubai ou até mesmo São Paulo.
Le Foyer de l’Opéra de Paris
João Braga fotografado por Ana Carolina em um dos balcões externos da Opéra, com a Avenue de l’Opéra ao fundo, em 02 de Maio de 2014
Texto e fotos: Ana Carolina Nascimento, aluna do 2° ano (em 2014) do curso superior de Moda da Faculdade Santa Marcelina, viajou a Paris entre o final de abril e princípio de maio de 2014 numa Viagem Cultural de Arte e Moda com o Professor João Braga e sua agente de viagens Cynthia Camargo
Arco
de La Defénse
|
Chegada então, sexta-feira, nosso último dia de estudos em Paris, começamos visitando o prédio Opéra (Palais Garnier, a Ópera de Paris), um lugar incrivelmente lindo onde acontecem atualmente apresentações de ballet. Mais uma vez me deslumbrei com o Rococó numa sala onde tudo era dourado, tudo tinha detalhes, um luxo!!!
Le Foyer de l’Opéra de Paris
Saindo de lá fomos em direção ao Centro Georges Pompidou onde ficamos livres para almoçar e conhecer a região. Almocei com uma amiga numa clássica barraquinha de crepe, foi o segundo melhor almoço da viagem e mais uma vez por um preço incrível.
Entramos no Pompidou e como não havia tempo suficiente para ver alguma exposição fomos direto para a livraria onde me apaixonei mais uma vez na viagem, mas dessa vez foi por cadernos, havia de todos os tipos, uma verdadeira perdição, e como se tratava de uma livraria compramos, além dos cadernos, alguns livros e lá estava eu carregada novamente. Saindo da livraria aproveitamos para passar novamente na barraquinha de crepe e lá comemos um maravilhoso crepe de Nutella de sobremesa.
Para finalizar o dia, fomos ao Bon Marché (um dos mais antigos e sofisticados magazines de Paris) e lá me apaixonei pela última vez na viagem: era um vestido Valentino incrivelmente perfeito, mas esse, diferente dos cadernos, ficou por lá mesmo.
Enfim, era o último dia e depois de darmos a última passadinha na Sephora da Champs-Elysées nos despedimos de Paris. Para o Brasil trouxe quase uma biblioteca nova, ótimas amizades e boas experiências para contar."
João Braga fotografado por Ana Carolina em um dos balcões externos da Opéra, com a Avenue de l’Opéra ao fundo, em 02 de Maio de 2014
Texto e fotos: Ana Carolina Nascimento, aluna do 2° ano (em 2014) do curso superior de Moda da Faculdade Santa Marcelina, viajou a Paris entre o final de abril e princípio de maio de 2014 numa Viagem Cultural de Arte e Moda com o Professor João Braga e sua agente de viagens Cynthia Camargo