sexta-feira, 29 de maio de 2015

Fernão Capelo Gaivota!

Por quê sonhamos? Não falo do sonho que temos enquanto dormimos, mas daqueles enquanto acordados. Existe um motivo?


Abri as asas e fui embora.
Naquela época era incomum. Até suspeito. Perigoso, imprudente, ameaçador.
Não é que eu fosse desbravadora, corajosa, cheia de si, certa e segura de minhas escolhas e de meu caminho. Não. Apesar de não ser nada disto obedeci o meu espírito.
Naquela época era praticamente impossível encontrar outra mulher com este mesmo anseio. Talvez existisse, mas nunca soube.
Mulheres buscavam maridos, filhos e diplomas. Até mesmo um mestrado. Mas, ir embora? Sozinha? Nunca. Talvez até um intercâmbio em casa de família. Sozinha, não. Mas eu queria tudo! 
Sustentar este temperamento, esta necessidade de ir para longe e caminhar sozinha chegava a ser “quase” criminoso.
Passados mais de vinte anos e com a internet nos conectando percebo, contente, que eu não estava só. Que eu não era uma marginal da sociedade, que existem outras tantas mulheres que também optaram em explorar o mundo e que isto aumenta a cada dia. Em verdade, todas nós todas sabemos que esta exploração é interna, mas que somente percorrendo outros caminhos, longe de nosso ninho, é que isto se torna possível. O caminho da jornada interior é através da exterior.  
Estas mesmas mulheres, como eu, abriram alguns caminhos para ir e vir além- fronteiras, literais e imaginárias, rompendo as barreiras dos medos. São tantos. Julgamentos, critérios, condições, opiniões, perigos e horrores, gasosos, líquidos e sólidos.
A diferença entre o ônus do céu e o da terra difere apenas nos termos de adesão. 


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