Primeiro vamos desmistificar o termo
“pacote”. As agências oferecem pacotes prontos (igual à comida congelada quando
você está com preguiça de pensar e preparar sua refeição), mas há também
roteiros e pacotes individualizados e personalizados. É você quem pede o que
quer de acordo com o seu perfil: “Quero ver isto e aquilo, quero ficar lá ou
cá, quero ingressos para este e aquele...”. Claro que dá.
O que o Agente recebe está embutido
no pacote vendido (pronto ou personalizado), ou seja, ele não joga o preço dele
em cima de seu pacote, mas sim os fornecedores (hotéis, guias, motoristas)
pagam uma comissão ao agente. É simples assim. Pode ser que você encontre
produtos mais baratos na internet, sim, é possível, claro. Mas, talvez, não.
Logo, depende de seu perfil. Se algo sair errado você tem para quem gritar.
O agente sabe mais do que você sobre
a burocracia de viagem. Ele conhece, pessoalmente (nas feiras de turismo e
eventos do trade), todos os melhores e piores fornecedores. Quase todos buscam
o melhor para os seus clientes e ficam na retaguarda durante toda a sua viagem
por 10% que os fornecedores comissionam, não você!
O que eu penso é o seguinte: Não custa
nada pedir um orçamento para um pacote personalizado. Não dói nada. Concordo
que os pacotes prontos às vezes deixam a desejar, mas qualquer agente é apto a
desenhar um pacote exclusivo para você. Somente verifique com quem o agente vai
comprar o seu pacote e pesquise o nome no Google ou Reclame Aqui e peça para
comprar de um operador que possui o seguro “Trip Protector” – que garante a sua
viagem em caso deste operador quebrar, fechar, falir, fugir, falecer!
Eu percebo que há diversos perfis e
personalidades de viajantes. Se for mais descolado e curte este momento do
planejamento, fala outro idioma, já fez, já sabe, já conhece eu acho ótimo e
válido curtir este momento do planejar a viagem por conta própria. Porém se a
pessoa nunca foi, vai sozinha, não fala outro idioma e não tem muito jogo de
cintura ou paciência de ficar pesquisando e vários sites ou não tem tempo a
perder, não há problema algum em ter um personal
travel, grátis (diga-se de passagem) para desenhar o roteiro (segundo suas
preferências), orçar, reservar, receber parcelado e de quebra acompanhar sua
viagem caso você necessite de assistência (grátis, diga-se de passagem).
Pode ser impressão minha, mas me
parece que algumas pessoas possuem preconceito a agentes de viagens e possuem
uma pré-disposição em acreditar que fazer um pacote (personalizado, repito)
custará mais caro. Depende. Depende do dia, da hora em que você pesquisa em um
site e ainda, geralmente, há agentes que cobrem a oferta que você viu em algum
site. Por que não valeria a pena?
Outra coisa que observo é que talvez
isto seja uma enorme falha de comunicação dos agentes de viagens e operadores
turísticos em não explicar ao consumidor que agência não é somente para
excursão engessada (aliás, muita gente prefere, curte e o preço é ótimo) e que
não se paga a mais por esta assistência profissional. Por que não explicam?
Bem, aí vai minha pequena
contribuição pensando sempre no melhor para o viajante. Não vendo pacotes
individuais e não ganho nada com isto, mas percebo um perigo imenso em estragar
a viagem alheia baseado em si próprio, suas experiências, conceitos e preconceitos
sem olhar para o perfil de quem indaga. E o pior é “não ver” iniciativas dos
agentes para mudar esta imagem.
Em sua próxima viagem, cote com um agente de viagens!! Com o orçamento em mãos faça uma pesquisa na internet para levantar vantagens e desvantagens. Converse novamente com o seu agente. Vai ver que na maioria dos casos pode valer, muito, a pena!