No Início de abril me vi sem perspectiva alguma com relação ao meu trabalho. Viagens canceladas, eventos cancelados e eu no limbo!
Passei a observar minha filha tendo aulas on-line e veio o clique!
Liguei para um grande amigo em Paris, guia oficial do governo francês, Cid Quadros, que estava com todo o seu conhecimento engavetado, já que museus e fronteiras estavam fechados. Falei de minha ideia de levar os passageiros a passear de forma virtual e ele topou na mesma hora.
Um grande desafio, já que ele não vê seu cliente e não sabe qual o tom adequado para a visita (mais descontraído ou formal), já que somente interage com o passageiro virtual ao final da visita.
Começamos no dia 6 de maio com 8 passageiros virtuais que amaram a experiência. Começamos com o Museu do Louvre e desde então, fizemos 50 sessões de viagens virtuais guiadas, com 10 temas e mais de mil passageiros felizes que me enviam fotos com garrafas de vinho e croissants durante a sessão para criar todo um clima parisiense.
Me lembro sempre da frase clichê "Quem não tem cão, caça com gato" ou "Se a vida lhe der um limão, faça uma limonada" e seguimos todos os finais de semana com sessões ao vivo, direto de Paris, até que no início de outubro passei a trabalhar com uma guia oficial do governo italiano, Padrya Bucar, que está em Florença.
Também passei a gravar vídeos sobre curiosidades de Paris, no meu canal do Instagram, para vender meu guia ao final. Já que não podemos ir à Paris, Paris vem em linhas, escritas com muito amor do meu tempo de "Emily em Paris".
Nossas visitas duram por volta de 90 minutos e os guias destrincham obras, histórias e construções com riqueza de detalhes em audiovisuais editados para maior conforto do internauta.
Percebemos que há muita gente interessada e que não tem viajado não por conta da pandemia, mas por diversas outras razões, como mobilidade, idade, saúde e finanças e percebemos que nosso projeto é muito maior do que a Pandemia, uma vez que traz oportunidade para todos. Deixou de ser "Museu do Louvre em casa" (para os presos pela pandemia), mas "Museus do Louvre para todos".
Confesso que não havia me dado conta desta importância, o que me deixar ainda mais contente e realizada por estar dando esta oportunidade sem distinção. Tirando as pessoas do tédio, da solidão, do medo, da falta de perspectiva, do noticiário pesado, dos ansiolíticos e trazido sorrisos, emoções, vinho, champagne e croissants no momento de nosso encontro, criando perspectiva, expandindo horizontes, provocando aumento da serotonina
Este post é para agradecer ao Tom Pavesi, ao Cid Quadros, ao Pedro Preturlon, ao Leo Peixoto, ao Paulo Neme, à minha filha, a Fanny Poirer, Sylvie Roisné, Mônica Abed, João Braga, Helena Montanarini, Padrya Bucar, Consuelo Blocker, minhas tias, Aliança Francesa de Blumenau, Leila Zas Friz e tantos outros que me apoiam, incentivam e me dão tanto suporte.
M E R C I!
Vamos dar uma volta? Me siga no Instagram e te conto!
beijos