Cynthia, minha linguagem é tridimensional, quer a frente, o alto, o baixo, o ponto de fuga, o infinito
(Ampliando a visão,
O céptico fica espantado,
Vê que o passível é possível.
Experimenta as vontades
Que na verdade são necessidades.)
É dessa forma que você
Entra na minha vida.
Criando perspectiva.
Cambiando lentes.
Encaixando aquela
Zeiss 35/200 mm
Que estava esquecida,
Mas incrivelmente limpa,
Sem fungos.
Acrescentando filtros novos.
Que ressaltam as cores, sensações.
Arrancam preconceitos.
Que não são muitos,
Mas bobos,
Como todos os preconceitos.
Ou seriam medos?
Ter medo de sentir
É bastante razoável
Ou, pelo menos, plausível.
Agora...Medo de palavras...
Sinto alterações catárticas,
Das quais sempre duvidei.
Sinto que estou admirando
E já lhe falei que a admiração é
Imprescindível.
Ela esteia o tesão,
O amor,
A paciência.
Ancora o infinito crível.
Vislumbro um amor infinito.
Minha linguagem é projetar.
E, de novo, você comigo.
Lançando possibilidades.
Criando imagens.
Conferindo-nos poder.
Ah, garota!
Como você é poderosa.
Adorável.
Pedro